Integrantes da Operação Faroeste encontraram um elo entre políticos baianos e o falso cônsul de Guiné-Bissau Adailton Maturino, denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como mentor do esquema de grilagem de terras por meio da venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ). Com base nos registros sobre a movimentação de aeronaves no Aeroporto de Salvador, investigadores da Faroeste descobriram que um jatinho que servia a caciques de partidos da base aliada ao governo do estado utilizava o hangar da Addey Taxi Aéreo, o mesmo onde Maturino possuía sala privativa de reuniões com adesivo da Embaixada de Guiné-Bissau e costumava guardar, segundo o MPF, seu avião particular, supostamente adquirido por uma das empresas ligadas ao esquema.
Rastros na pista
Foram achados, pelo menos, quatro registros do jatinho usado por políticos do estado no hangar da Addey, suspeita de ser favorecida em decisões do TJ. Todos eles ocorreram em outubro e novembro de 2018.
Passa e repassa
Até outubro do ano passado, o jatinho pertencia a uma grande companhia paranaense de transporte rodoviário e armazenagem. No entanto, era operado por outra empresa, cuja pessoa jurídica é ligada a um parlamentar influente da Bahia, conforme dados obtidos junto à Receita e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). À época, teve a propriedade transferida para um grupo empresarial de Luis Eduardo Magalhães que atua no mercado imobiliário, hotelaria e comércio de combustíveis.
Informações da Coluna Satélite Correio.
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