O professor e historiador, Augusto do Amaral, aproveitou das redes sociais e fez um desabafo sobre o descaso na educação do município de Candeias. Confira!
“Historicamente o professor sempre lutou por políticas efetivas de valorização do trabalho docente, diversas manifestações a nível municipal, demonstram a insatisfação acumulada ao longo dos últimos 3 anos na rede municipal de ensino de Candeias.
A questão dos precatórios (que o prefeito tenta desviar da finalidade) é um ponto relevante dentro desse universo de problemas que vive o sistema educacional, impondo barreiras que impedem uma elevação da auto estima dos professores e demais profissionais da educação. A formação continuada do profissional que deveria ser obrigação do órgão empregador não acontece de forma planejada nem sistemática gerando prejuízos irreparáveis.
Neste contexto o prefeito vem tentando transferir a responsabilidade para a parte mais fraca da corda, nesse caso o docente que encara diariamente salas de aula sem estrutura para atender nossos estudantes e não manifesta interesses ou não sabe o que fazer para promover mudanças significativas dessa realidade, uma vez que o mesmo insiste em surfar na onda dos avanços deixados pelo gestor anterior (Sargento Francisco).
Segundo relatos de vários profissionais da rede a falta de comprometimento do gestor impõe ao educador candeiense ter que driblar as dificuldades diárias, como: o fornecimento de material didático, salas quentes, merenda escolar de péssima qualidade e a falta de destinação adequada para os 25% do financiamento que é responsabilidade Municipal.
As razões citadas são, portanto, motivos de sobra para que os profissionais de educação e toda a sociedade se mobilizem numa proposta que não é só campanha em defesa dos precatórios, mas um movimento cívico em defesa de direitos fundamentais que ajudará no processo de construção de uma educação de qualidade.
Tomar medidas emergenciais é necessário, cabe a nós educadores, educadoras e sociedade civil nos organizar em torno de propostas e de projetos que ajudem no processo de enfrentamento a essa gestão que não consegue enxergar a formação dos nossos estudantes como prioridade.
Precisamos encontrar caminhos que possam levar melhorias para essa categoria que a muito tempo vem pontuando as reais necessidades da educação. 2020 é um ano crucial no processo de construção de uma cidade melhor para todas e todos, esse projeto familiar que aí está não representa a nossa educação nem os outros seguimentos que sofreram duros golpes nos últimos anos. Por isso precisamos refletir e buscar uma alternativa que realmente represente a mudança que desejamos.”
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