O menino Gabriel Silva da Conceição Júnior, 10 anos, que morreu após ser atingido por bala perdida no bairro de Portão, em Lauro de Freitas, estava sentado no batente da porta de casa quando um tiro acertou o seu pescoço. De acordo com familiares, por volta das 16h, Gabriel tinha acabado de almoçar e pediu a mãe para ficar na frente da residência, observando a movimentação da rua.
No entanto, ele nao chegou a ficar nem um minuto por lá até ser baleado. “A mãe deixou ele sentar no meio-fio, mas foi com ele. Ficou na porta e, na hora que ele sentou, a gente ouviu o barulho e Gabriel já correu de volta para a mãe, pedindo por socorro. Foi quando percebemos que ele tinha um ferimento de bala no pescoço”, relata Érica Santana, 25, tia da vítima.
Selma Santana, 51, é avó de Gabriel e conta que o menino não percebeu o que estava acontecendo e, por isso, não conseguiu se proteger. “Pela inocência dele, na hora que ouviu os tiros, ao invés de se abaixar, ele levantou com o susto. Como vinham atirando, uma das balas pegou no pescoço do meu neto, todos ficaram desesperados para socorrer ele que correu para os braços da mãe chorando”, diz.
Ainda segundo familiares, o tiro teria atravessado a traquéia do menino. Apesar disso, Gabriel não morreu na hora e foi levado para o Hospital Menandro Farias, em Lauro de Freitas, onde teve uma parada cardíaca e foi reanimado. Por volta das 22h, foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE) onde teve uma segunda parada cardíaca e acabou não resistindo.
A morte de Gabriel deixou a família do pequeno desolada, afirma Selma. “Minha filha está acabada, sem conseguir processar o que aconteceu. Era um menino educado, tranquilo e que todos na família amavam. A gente não entende como uma coisa dessa pode ter acontecido com Gabriel, ele só queria ficar sentado na porta de casa”, diz, sem conter as lágrimas.
Informações Correio