Não podemos negar que tanto a eleição de ACM Neto (UB) quanto a de Jair Bolsonaro (PL) correm sérios riscos, mesmo ambos liderando as pesquisas, em minha opinião.
Neto quer chegar ao governo como chegou à prefeitura de Salvador, sem um palanque nacional, mostrando que o estado pode caminhar com as próprias pernas como a Capital.
Entretanto, o cenário agora é outro, e a falta de um palanque nacional no primeiro turno pode prejudicar os planos do democrata na Bahia.
Da mesma forma que Neto tem chances de bater a eleição no primeiro turno, Bolsonaro também pode ter o mesmo êxito.
E na hora que a onça beber água, Bolsonaro pode impedir que boa parte dos votos bolsonaristas baianos migrem para Neto no primeiro turno, forçando um segundo.
E se Bolsonaro ganhar no primeiro turno, será que apoiaria Neto no segundo turno na Bahia ou deixava se enforcar?
Pois bem, corre esse risco do presidente bater no primeiro turno e Neto não, contudo, complicaria a eleição do democrata que dependeria do palanque nacional.
O problema todo é que o ex-prefeito de Salvador só quer o bônus, e teme que a rejeição de Bolsonaro prejudique sua eleição. Esquecendo que 20% pode fazer muita diferença.
Por fim, para liquidar o PT na Bahia no primeiro turno e Bolsonaro sair com uma grande votação no estado, os dois precisam se abraçar o quanto antes, e a petezada teme isso, e joga contra para evitar essa união.
A chapa perfeita para Neto é João Gualberto na vice, Zé Ronaldo no senado, e Roma na suplência.