A Operação Lava Jato chegou na Bahia com força. O ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, revelou que o atual Ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, recebeu “um grande aporte de recurso” para sua eleição a governador da Bahia em 2006, por meio do então presidente da estatal José Sérgio Gabrielli, segundo divulgou o jornal Valor Econômico nesta sexta-feira (8).
No ano passado, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa também já tinha afirmado à Polícia Federal que o novo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, teve campanha eleitoral ao governo da Bahia beneficiada com o esquema de desvios de dinheiro na estatal. O delator da Operação Lava-Jato afirmou que eleições para o governo estadual e para as prefeituras foram abastecidas com “a remessa de recursos da companhia para o estado da Bahia, a fim de financiar o Partido dos Trabalhadores”. Ele não menciona o ano das campanhas — o ministro venceu as disputas de 2006 e 2010. O delator sustenta que os recursos foram viabilizados pela Gerência Executiva de Comunicação, subordinada ao então presidente da estatal José Sérgio Gabrielli, ex-secretário de Planejamento do governo de Wagner (2007-2014).
Apesar de dizer que sua convicção está baseada em “boatos internos” da petroleira, Paulo Roberto declarou que uma auditoria poderia confirmar a acusação. “O declarante acredita que, se forem auditados os contratos da Gerência Executiva no estado da Bahia, serão encontradas irregularidades”, disse Paulo Roberto ao delegado Josélio Azevedo Sousa, em depoimento de 22 de julho.
O então tesoureiro da campanha Wagner, é o secretário da SEDUR e pré-candidato a prefeito de Candeias, Carlos Martins (PT), que foi coordenador geral da campanha do governador Rui Costa (PT). Pois bem, virou praxe na cúpula petista seus tesoureiros irem parar na papuda. Será mais um?
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