De camarote no pleito de 2022, mas preocupado com o de 2026, em que encerra o seu mandato, o senador Ângelo Coronel (PSD) disfarçadamente vai se afastando do governo baiano – tentando caminhar independente junto com o partido.
A votação em favor da PEC dos Precatórios e o posicionamento de Rui Costa contrário, chamando os deputados aliados de “traíras”, foi o pontapé inicial para começar a debandada.
Dificilmente, Otto Alencar (PSD consegue se reeleger na chapa pesada do senador Jaques Wagner (PT), ex-governador que saiu com uma rejeição altíssima e tenta retornar ao poder.
Contudo, os articuladores de plantão vislumbram uma chapa ACM Neto e Otto Alencar para enfrentar João Roma e Raissa Soares.
Neto está decidido em não apoiar Bolsonaro no primeiro turno, e sabe que o capitão tem 20% de votos para transferir para qualquer candidato, entretanto, liderando as pesquisas, o demista teme levar o bônus precocemente em virtude da atual rejeição do presidente do estado. Mas sabe que o presidente tem força para levar o seu candidato para o segundo turno.
PP e PSD vão ser a base de Wagner, e qualquer um dos dois partidos que abandonar o barco, tira o petista do segundo turno.
Pois bem, Rui Costa vai ter que muita habilidade para não perder os principais aliados que podem decidir a eleição.