Como vimos anteriormente, Marina Silva estaria sendo utilizada como instrumento para enganar a direita e convencê-los a se movimentar juntos com a extrema-esquerda no pedido de “diretas já”. A estratégia teria vazado neste final de semana, e parece ser uma das principais metas do PT, junto com a tentativa de exibir Lula como se fosse vítima de Moro.
Novo indício deste jogo petista está em uma carta enviada por José Dirceu ao escritor Fernando Morais. Na carta, Dirceu comenta a foto em que vários petistas, incluindo Morais, estão em Havana junto a outros líderes socialistas.
Daí Dirceu dá a letra: “Lá estavam João Pedro, Boulos e Vagner que agora tem a missão de ir ‘as ruas e exigir justiça para todos, a renúncia de Temer et caterva, eleições gerais, constituinte, antes que façam um acordão, como já vem sendo pensado por Gilmar Mendes, a falada “operação contenção” para salvar o tucanato e o usurpador Temer. É hora de ação, de pressão, de ir às ruas, de exigir, liderar e apontar rumos. É agora ou nunca. Sem conciliações e acordos, é hora de um programa de mudanças radicais, na política e na economia.”
Segundo Dirceu, os petistas ainda tem “20 longos anos de luta pela frente”. Ele ainda conclui dizendo que “o STF se acumpliciou com as ilegalidades do Moro, com o golpe e pior, com a impunidade, o corporativismo judiciário!”.
A tática dos petistas é simples: colocar pessoas da direita – que não poderiam saber do truque – para pedir a saída de todos os políticos. Com isso, o PT espera que a população não os perceba tão negativamente. Isso aumentaria a chance de um petista retornar ao poder, pois o novo mote da campanha petista será: “se todos são igualmente corruptos, nós ainda temos um diferencial”. Como o PT possui uma base mais fidelizada – aqueles 20% a 30% que votam sempre com o partido -, o clima de “todos os políticos são igualmente ruins” ajudaria, em tese, o partido. O risco para o PT é que a estratégia vazada seja descoberta por seus opositores.
Fonte: Jornal Livre.
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