Ao condenar o ex-presidente da Presidente da Petrobrás Aldemir Bendine a 11 anos de prisão, o juiz federal Sérgio Moro também sentenciou o executivo Marcelo Odebrecht a 10 anos e seis meses, no âmbito da Operação Lava Jato. O magistrado afirmou que ‘não cabe perdão judicial’ ao delator, mas decidiu substituir a sanção pelas penas previstas no acordo de colaboração premiada. Segundo o acordo de delação, Marcelo pegou pena de 10 anos, dentre os quais dois anos e seis meses em regime fechado, já cumprido – ele está em domiciliar desde dezembro de 2017. Além dele, o ex-executivo da Odebrecht, Fernando Reis, também foi condenado nesta ação, a oito anos e seis meses. O doleiro Álvaro Novis, que também é delator, foi sentenciado a quatro anos e seis meses, mas também substituída por aquela prevista em acordo de delação. André Gustavo Vieira da Silva, que confessou crimes e admitiu a operação de supostos repasses a Bendine, teve a pena fixada em seis anos e seis meses, e a prisão preventiva substituída por regime semiaberto. A ação penal se refere às investigações da Operação Cobra, 42ª fase da Lava Jato, que pôs Bendine e André Gustavo na cadeia em julho de 2017. O ex-presidente da Petrobrás é acusado de receber R$ 3 milhões da Odebrecht e o publicitário de operacionalizar os valores, supostamente acertados com Marcelo e Fernando Reis. Novis teria sido usado para a entrega dos valores. A reportagem entrou em contato com a defesa de Aldemir Bendine. O espaço está aberto para manifestação.
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