Ontem o ex-ministro Marcelo Calero deu, enfim, a decepcionante entrevista a respeito do caso envolvendo Geddel Vieira, também ex-ministro de Temer.
A entrevista foi decepcionante porque não trouxe nada novo, sequer trouxe as tão faladas evidências que Calero diz ter. O ex-ministro chutou o balde ao sair da pasta da Cultura na semana retrasada alegando que o então ministro Geddel, o ainda ministro Eliseu Padilha e o próprio Michel Temer teriam feito pressão sobre ele para que uma obra embargada pelo Iphan fosse adiantada. Isso, ao menos em tese, era do interesse pessoal do próprio Geddel.
O grande problema é que o ex-ministro alegou ter gravações comprometedoras envolvendo o atual presidente e os ministros, disse também que havia provas de que foi pressionado para agir pelo interesse de Geddel. As “evidências”, entretanto, são absolutamente questionáveis, e a única conversa que Temer teve com ele parece ter sido completamente cotidiana, sem qualquer tipo de revelação bombástica.
Como bem expôs o site Sul Connection, a entrevista de Calero foi “bombinha”, houve muita fumaça para pouquíssimo fogo. O ex-ministro está devendo explicações maiores sobre o caso, e até agora não nos deu nenhuma. Ou Calero revela de uma vez por todas o que sabe, ou ele poderá ser tratado como chantagista, como um embusteiro que inventou uma história midiática com o único propósito de queimar o governo.
Vamos ver quanto tempo ele vai levar até provar o que disse que iria provar.
por Baltazar Soares
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