No dia 4 de setembro de 2023, a piscina do Condomínio Cores de Piatã, localizado no bairro de Piatã, em Salvador, foi interditada para reparação, com previsão de conclusão na primeira quinzena de dezembro do mesmo ano, segundo ofício publicado no aplicativo do Condomínio pelo então síndico Adenilton da Silva Moreno.
Insatisfeitos com a atual gestão, os condôminos protocolaram na Administração do Condomínio no mês de setembro um abaixo-assinado para destituição do síndico e o cancelamento de uma Assembleia que reajustou a taxa condominial.
Prevendo uma derrota, Adenilton renunciou ao cargo, que foi substituído interinamente por uma Conselheira, que, em período curto, identificou a falta de diversos documentos e contratos, principalmente de uma obra em andamento, da piscina.
O novo síndico, Matusalém Pedro Galvão, eleito pela maioria na Assembleia no dia 10 de outubro de 2023, ao assumir a sindicância, não convocou o ex-síndico ou a empresa responsável pela obra, a Hangar, para dar esclarecimentos sobre o sumiço do contrato, tão pouco ajuizou uma ação judicial. A atual sindicância deu continuidade na obra.
Sem a conclusão da obra em dezembro como previsto, os moradores cobraram do atual síndico informações sobre o sumiço do contrato e a finalização da obra.
Sob pressão, o síndico Matusalém convocou uma Assembleia no dia 19 de dezembro de 2023 para dar esclarecimentos sobre a obra e uma possível continuidade mediante aprovação dos moradores.
Sem apresentar o parecer jurídico sobre a continuidade ou não da obra, o síndico apresentou alguns balancetes sobre os gastos da piscina, e colocou em votação um Termo Aditivo (acréscimo no valor da obra) e a continuidade ou não, sem apresentar o contrato celebrado entre o Condomínio Cores de Piatã e a Hangar Construtora – com sede no Caminho das Árvores, Salvador/BA -, onde acabou induzindo os moradores ao erro.
O síndico perguntou aos moradores se parava a obra ou dava continuidade. A maioria pediu pela continuidade.
O fiscal da obra, o engenheiro Frederico, contratado pelo Condomínio, desde o início da obra, na mesma Assembleia do dia 19, falou que desconhecia do contrato entre o Contratante e a Contratada, e quando questionado por um morador sobre o laudo técnico da obra, disse que não foi feito porque o ex-síndico Adenilton disse que não precisaria, levantando suspeitas de irregulares.
Chegou o verão e nada de conclusão da obra milionária (que pode ultrapassar MEIO MILHÃO) tão pouco do contrato, deixando os moradores irritados.
O síndico em comunicado no aplicativo do Condomínio, deu o prazo para 10 de fevereiro de 2024 o término da obra, que foi prorrogado para 10 de março, e até a presente data, nada de conclusão.
Na última sexta (08), o síndico Matusalém publicou um edital convocando uma nova Assembleia para esta sexta (15), pautando a obra da piscina, para os responsáveis da empresa Hangar e o fiscal darem esclarecimentos sobre a obra.
Os moradores estão insatisfeitos com a atual sindicância pela falta de gestão e transparência, principalmente pela continuidade de uma obra com supostas irregularidades, onde o síndico Matusalém, não exemplificou as consequências que poderiam ocasionar a continuidade de uma obra sem contrato – ficando os condôminos sem garantia jurídica.
Vale ressaltar que a obra da piscina é oriunda de uma ação judicial ganha pelo Condomínio contra a PDG no passado. Após os valores caírem nos cofres do Condomínio para reparação da piscina, o ex-síndico Adenilton contratou a empresa Hangar para fazer uma reparação que virou uma reconstrução.
Nas fotos abaixo tem o antes e o depois da obra que continua em andamento.