De acordo com a Associação dos Militares da Bahia (ASPRA), o governador do estado, Rui Costa (PT), vem perseguindo os associados, retendo repasses à entidade de forma ilegal, após a categoria realizar diversas manifestações cobrando justiça e investigação da execução do colega Wesley Soares. Os valores foram descontados dos associados em folha, mas não foram repassados à associação.
Segundo a advogada da associação, Marcelle Maron, a retenção, ato arbitrário, ocorre sem qualquer determinação judicial ou parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE), depois de já haverem ocorridos descontos em folha dos associados. “Absurdo. Mais uma vez presenciamos arbitrariedade tamanha em estado democrático de direito, em flagrante abuso de autoridade”, afirmou.
Com a ação, pelo menos 350 trabalhadores (em vinte regionais da Aspra) ficarão sem salários no mês de abril. Também ficarão comprometidos os convênios com telefonia e planos de saúde. “Alguns policiais podem inclusive ter atendimento médico suspenso por não pagamento dos contratos com planos de saúde. Alguns fazem tratamentos essenciais, como quimioterapia e hemodiálise”, reclamou o soldado Prisco, coordenador geral da Aspra.