A escapadela do traficante Jeferson Conceição, o Gel Burro, de um módulo policial em Ondina na segunda-feira de Carnaval está rendendo. Três servidores respondem a processo administrativo na Polícia Civil por conta da fuga. Na portaria do Diário Oficial do Estado, os investigados são identificados pelas suas matrículas. No entanto, nos bastidores, comenta-se que pelo menos um deles é um delegado. O documento diz que eles “teriam adotado conduta negligente na guarda de custodiado, resultando na facilitação da fuga do preso”. Sozinho, ele estava numa cela que não tinha grade na parte superior – é mole? Então, o criminoso chegou ao teto e forçou a estrutura feita de material compensado, escapando por cima (pasmem!). Diante de tanta facilidade, Gel mostrou que de burro não tem nada.
Em nota, a Polícia Civil informou que “os servidores que estavam de serviço na unidade onde ocorreu a fuga tiveram a participação nas escalas suspensa nos demais dias do Carnaval e não foram afastados da Instituição”. “Foi instaurado procedimento pela Corregedoria da Polícia Civil (Correpol), para as devidas apurações, as quais se encontram em curso. Não procede a informação de que a cela teria abertura no teto. O espaço físico passou por perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT), com exame complementar realizado por peritos do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, para verificar todas as circunstâncias do fato”, diz a nota, que não explica como se deu a fuga misteriosa.
Por Bruno Wendel