Em entrevista ao podcast Zona Mista, na última terça-feira (25), o ex-presidente do Vitória, Paulo Carneiro, afirmou ter comprado um desembargador no Rio de Janeiro pelo valor de R$ 600 mil em um processo contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Rede Globo.
“O presidente do Fortaleza saiu, o do Santa Cruz e o do Náutico saíram para poder enfraquecer e dizer que não ia ter campeonato porque os quatro saíram, mas eles que armaram. Aí nós fizemos o campeonato que a gente ganhou até do Fluminense de Feira, em 2003. Aí eu entrei com uma ação contra a CBF e contra Globo, peguei um advogado no Rio, meu amigo Pedro Paulo Magalhães e eu comprei um desembargador no Rio”, disse Carneiro. O ex-mandatário, percebendo que estava “ao vivo” retirou o microfone e pediu para que não fosse mais gravado.
A ação foi feita para garantir que a Copa do Nordeste de 2003 fosse realizada. Na ocasião, o Vitória venceu a competição, superando o Fluminense de Feira na decisão.
O ex-presidente ainda confessou que trocou a urina do jogador Matuzalém para manipular o exame antidoping. “Eu queria pegar era Matuzalém, porque o cínico era Matuzalém, sabe? Eu não estava preocupado com o Preto, que eu dei uma ‘saculejada’, ele bateu no sofá e eu subi a escada atrás de Matuzalém, que o cínico era Matuzalém, o vagabundo. Eu já troquei até a urina para salvar o doping dele, que ele era maconheiro”, contou.